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sábado, abril 14, 2018

Conselho de Segurança da ONU rejeita pedido russo de condenação a ataques na Síria

Apenas a Rússia, a China e a Bolívia votaram a favor do projeto de resolução. Oito países votaram contra a proposta, enquanto quatro se abstiveram.

Membros do Conselho de Segurança da ONU votam contra resolução da Rússia condenando ataque à Síria (Foto: Eduardo Munoz/Reuters)

Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas rejeitou neste sábado (14) resolução russa que pedia uma condenação dos ataques à Síria. A minuta da resolução proposta pela Rússia considerava que o ataque dos EUA e de aliados ao regime sírio representa uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.
Na resolução, a Rússia pedia ainda às três nações que orquestraram o ataque (França, Reino Unido e Estados Unidos) que evitassem no futuro o uso da força contra o regime de Bashar al-Assad.
Contudo, o pedido russo não vingou no Conselho de Segurança. Isso porque apenas a Rússia, a China e a Bolívia votaram a favor do projeto. Oito países votaram contra a proposta, enquanto quatro se abstiveram. As informações são da agência Efe e Reuters.
Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU precisa de nove votos a favor e nenhum veto pela Rússia, China, França, Reino Unido ou Estados Unidos para ser aprovada.
A agência France Presse informa que o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, abriu a reunião com um pedido por uma ação "de acordo com a carta da ONU". Mas, durante o encontro, as delegações dos Estados Unidos, França e Reino Unido -- países que planejaram a ofensiva -- defenderam os ataques com mísseis realizados contra vários alvos em território sírio.

 Foguete Tomahawk disparado por navio norte-americano em ataque a alvos na Síria (Foto: Lt. j.g. Matthew Daniels/U.S. Navy via AP)
A ofensiva dos Estados Unidos e aliados foi orquestrada após controvérsias envolvendo o uso de armas químicas na Síria. Opositores sírios, agentes humanitários e paramédicos alegam que mais de 40 pessoas foram mortas no dia 7 de abril em um ataque químico em Douma, cidade controlada por rebeldes na região de Ghouta Oriental, na periferia de Damasco, a capital da Síria.
Por isso, de acordo com os EUA e aliados, a ação teve por dentre seus alvos centros de pesquisa relacionados à produção desses armamentos. Tanto a Síria como seus aliados negam as ofensivas com armas químicas. A Rússia diz que argumento do uso de armas químicas é um enredo "pré-programado".
Após o ataque, o Exército sírio informou que a ação deixou três civis feridos após alguns mísseis que estavam indo para uma posição militar em Homs serem desviados de sua trajetória. O Pentágono, por sua vez, diz que não há vítimas.

Centro de pesquisa científica na Síria, destruído após ataque coordenado de EUA, França e Reino Unido, em 13 de abril de 2018 (Foto: Omar Sanadiki/Reuters)

Na ação, três alvos foram atingidos, segundo o Pentágono: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs (a leste de Damasco) e uma base na mesma cidade que também teria armas químicas.
No total, 105 mísseis foram lançados contra os três alvos na Síria, ainda segundo o Pentágono. É quase o dobro da quantidade de armamento usada no ano passado, quando os norte-americanos reagiram a outro ataque químico atribuído ao regime de Assad que deixou 86 mortos.
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